
Nós paramos de procurar monstros embaixo de nossas camas, quando percebemos que eles estão dentro de nós. - Coringa Quinn
Coloquem a musica Warrior da Demi Lovato pra carregar, mas só cliquem no Play quando tiver o sinal.
Só podia ser... Pedro. Ele me abraçou de forma muito constrangedora, mas ao mesmo tempo muito confortadora. Como na hora não podia recusar um abraço, o apertei junto ao meu corpo e percebi nascer um sorriso em seu rosto e o brilho em seu olhar, aquele de quando ele ainda cantava, voltou.
Matheus ainda estava na UTI com Dany e mesmo parecendo ser um garoto forte, deu pra perceber que ele estava chorando. Me soltei lentamente de Pedro e fui dar um abraço em Matheus, que chorava muito.
- Matheus, vem. - Tirei os olhos dele da Dany e abracei - o muito forte.
Ele me acompanhou até a sala de espera, ainda muito abatido.
Sentamos e todos estavam muito abalados, até que vimos um médico:
- Quem é da familia da Srt. Daniely?
Me levantei rapidamente, assim como Matheus e falamos um NÓS sincronizado. Ele se dirigiu a nós com uma cara triste, já vi que teria más noticias.
- Então, vou ser franco. A Daniely está com muita dificuldade pra respirar, com várias pedras nos rins e descobrimos uma doença muito grave no esôfago dela, câncer.
Agora ferrou, meu pai. Eu sei que é muito perigoso o câncer, mas com as pedras no rim, piora 5 vezes.
Comecei a chorar e por pouco não desmaiei. Pedro e Mateus resolveram me levar pro apê de Laura, a prima de Pedro.
Chegando lá, era era muito bonita e parecida com Pedro. Cabelo castanho claro, olhos esverdeados e um belo sorriso, dificilmente de esquecer.
Ela me abraçou, eu me apresentei e contei o que havia acontecido. Ela me apoiou, como se fosse minha amiga há muito tempo. Escutamos várias musicas que quase me esqueci da Dany, quando ouvi o telefone tocar... Era Jéssica.
- Alô amiga?
- Oi Jéssy, o que houve?
- Então Luuzinha, tudo bem por aí?
- Tudo ótimo, a Laura é uma fofa.
- Então amiga, se prepara. A Dany faleceu.
Coloquem a música pra tocar.
Na hora me deu um piripaque e eu comecei a gritar, me arranhar, foi bizarro. Laura chegou desesperada e me viu toda machucada, por que minhas unhas estavam compridas e chorando muito. Ela perguntou o que houve e eu, mesmo soluçando muito, consegui falar.
Ela me deu uma roupa para irmos ao hospital e como sabia que os garotos estavam sem condição de dirigir, me levou até lá.
Eu passei o caminho inteiro chorando, e Laura tentava me ajudar.
Quando cheguei no hospital, me dirigi as meninas e perguntei de Dany.
- Então Luh, a Dany está no centro de mortes do hospital, fica numa portinha escrito #LUTO.
Comecei a caminhar pelo hospital e vi Matheus em frente a tal porta, desesperado, junto com os meninos.
Abracei Matheus, chorando muito e sussurrei em seu ouvido que iria passar.
Um médico apareceu e pediu para que apenas uma pessoa entrasse. Eu entrei, antes que alguém pudesse retrucar e vi Daniely de Lavega Leão, minha tia, morta. Foi uma das piores coisas do mundo, lembrei de quando eu era bebê, tinha uns 4 anos e me obrigaram a ver minha mãe e meu pai assim, nesse estado...
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